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Em uma série semanal, Lygia Rodrigues explora insights sobre o mercado brasileiro — um espaço para acompanhar os desdobramentos que realmente importam rumo ao BiS SiGMA Américas 2026.
O mercado brasileiro de apostas esportivas já não vive mais de promessas. Desde que a regulamentação entrou em vigor, a indústria passou por uma fase acelerada de consolidação — e, com ela, vieram pressões, disputas e correções de rota necessárias. A última semana foi particularmente reveladora: enquanto o governo aperta o cerco contra operações ilegais, líderes do setor pedem mais responsabilidade no crescimento, e fornecedores investem pesado em tecnologia para atender a um novo tipo de operador — mais exigente, mais alinhado às normas e mais atento à reputação.
Um dos acontecimentos mais relevantes da semana veio da Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA), que enviou notificações a 33 instituições financeiras suspeitas de manter vínculos com operadores não licenciados. O recado do governo é claro: a fiscalização não se limita mais aos operadores ilegais, mas também alcança quem financia ou viabiliza essas operações. Uma reportagem do Valor Econômico destacou bancos digitais e intermediários de pagamento como principais alvos — parte de um esforço mais amplo para fechar as brechas na cadeia financeira por onde circulam os recursos das apostas ilegais.
A ação da SPA reforça uma mensagem que há tempos ecoa entre os defensores da legalidade. Leonardo Baptista, CEO da Pay4Fun, é uma dessas vozes. Em diversas ocasiões — inclusive como palestrante e embaixador da última edição do BiS SiGMA Americas — ele tem defendido maior responsabilidade por parte dos canais financeiros e a criação de um ambiente mais seguro e transparente. O que antes era apenas discurso da indústria e tema de debate em conferências começa, agora, a se materializar em política pública concreta.
Outro destaque da semana veio do lado das operadoras. Em entrevista ao BNLData, a diretora da Stake enfatizou que o crescimento do mercado brasileiro precisa estar ancorado em condutas responsáveis — tanto no relacionamento com o público quanto nas estratégias de marketing. Ela alertou que campanhas excessivamente agressivas podem prejudicar a imagem do setor e comprometer sua relação com a sociedade e com os reguladores. A declaração sinaliza uma mudança de tom entre as grandes marcas: crescer, sim — mas com plena consciência do impacto que isso gera.
Esse pensamento está em sintonia com o que foi discutido nos palcos do BiS SiGMA Américas, onde o equilíbrio entre liberdade comercial e responsabilidade institucional foi tema recorrente. O desafio agora não é apenas escalar, mas fazê-lo de forma ética, madura e estratégica. Com a regulamentação em curso, a era das desculpas ficou para trás — e o mercado começa a se mover em sintonia com esse novo conjunto de valores.
Entre os provedores, essa virada também está ficando evidente. A empresa brasileira de tecnologia Weebet está apostando forte na personalização de plataformas para atender às exigências do novo operador nacional. Como destacou o BNLData, após sua presença de destaque no BiS SiGMA Américas, a empresa vem consolidando sua posição como parceira estratégica de operações que precisam de mais do que um sistema padrão — elas exigem ferramentas adaptáveis, desenhadas de acordo com seus modelos de negócio, objetivos e necessidades de desempenho. Em um ambiente cada vez mais competitivo — e
regulado —, esse nível de customização pode ser o fator decisivo entre crescer ou estagnar.
Juntos, esses três movimentos desenham um retrato claro do iGaming brasileiro em 2025: uma indústria que começa a se enxergar como tal — uma indústria de verdade. Com regulamentação, responsabilidade e tecnologia no centro das decisões, essa nova fase não se trata apenas de ganhar mais dinheiro — trata-se de jogar conforme as regras, com compromissos claros e uma visão de longo prazo.
Quer saber para onde está indo o iGaming brasileiro?
Então acompanhe com a gente. Esta é apenas a primeira edição dos nossos insights semanais — um espaço para acompanhar os movimentos que realmente importam: o que está mudando, quem está liderando e como cada decisão está moldando o futuro do setor. E não se esqueça: a próxima edição do BiS SiGMA Américas 2026 já está sendo preparada. Mais uma vez, reuniremos as principais vozes do setor, anteciparemos tendências e aprofundaremos os debates que estão transformando o mercado de apostas no Brasil. Fique de olho — o jogo já começou, e você não vai querer ficar de fora.