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A Associação Nacional de Jogos e Loterias e a empresa de teleatendimento psicológico Somente anunciaram sua participação em um projeto em parceria com o Centro de Estudos e Ação Social (CEBAS) para atender jogadores compulsivos. O programa, chamado de Programa de Pesquisa e Prevenção de Ludopatia, é uma ação decorrente ao número crescente de casos de dependência em jogos de azar, especialmente neste momento em que há uma alta popularidade das apostas online. Exploramos com mais detalhes sobre esse assunto aqui.
O projeto, desenvolvido em conjunto com a Associação Brasileira de Jogos Lotéricos (ABJL) e a Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL), tem como objetivo identificar o perfil sociodemográfico dos jogadores compulsivos e implementar estratégias de prevenção e apoio psicológico. Um dos principais focos da parceria é oferecer suporte especializado para jogadores e suas famílias, atuando tanto no aspecto preventivo quanto no tratamento dos casos de ludopatia.
Para garantir uma análise aprofundada, serão recrutadas 1.000 pessoas que jogam regularmente, abrangendo loterias, apostas esportivas, bingos e cassinos online. A coleta de dados será feita por meio de questionários que explorarão, entre outros fatores, o comportamento de jogo, as motivações, os impactos familiares e as consequências financeiras. Além disso, entrevistas em profundidade serão realizadas com um subgrupo de 100 participantes para entender motivações subjetivas e impactos psicológicos.
Outro destaque da pesquisa é o uso de escalas padronizadas, como o South Oaks Gambling Screen (SOGS) e a Escala de Severidade de Jogo Patológico (G-SAS), que permitirão mensurar o grau de compulsão dos jogadores.
O projeto vai além da coleta de dados. Entre as principais ações está a criação de um sistema de autoexclusão, que permitirá aos jogadores compulsivos se afastarem de plataformas de apostas e lotéricas físicas. Além disso, serão estabelecidos limites de depósito para aqueles que apresentarem comportamentos de risco. Campanhas de conscientização sobre os perigos da ludopatia também estão previstas, com foco na definição de limites de jogo e na identificação precoce dos sinais de vício.
O CEBAS, que já atua nas favelas de Paraisópolis e Heliópolis, será responsável pela formação de psicólogos especializados em ludopatia, que atuarão sob supervisão profissional. A Somente, por sua vez, oferecerá atendimento psicológico remoto, garantindo que jogadores compulsivos e suas famílias tenham acesso contínuo ao suporte emocional necessário.
Essa parceria entre o atendimento remoto e os serviços presenciais do CEBAS projeta atingir áreas vulneráveis, onde a incidência de dependência em jogos de azar é mais alta.
O projeto será desenvolvido em quatro fases, incluindo planejamento, coleta de dados, implementação de políticas de prevenção e monitoramento contínuo. A expectativa é de que o programa, em dois anos, reduza em 20% o número de jogadores compulsivos no Brasil.
Com o aumento no uso de jogos de azar e apostas online, iniciativas como esta são fundamentais para a criação de um ambiente de jogo mais responsável e seguro. O programa visa, ao longo do tempo, aumentar a conscientização, oferecer suporte adequado e implementar políticas que ajudem a proteger jogadores vulneráveis em todo o Brasil.