- Conferências
- Notícias
- Fundação SiGMA
- Treinamento & Consultoria
- Tour de Pôquer
- SiGMA 바카라
- Sobre
A Federação Amazonense de Futebol (FAF) emitiu, na última semana, uma nota oficial que trouxe uma nova suspeita de manipulação de resultados no futebol brasileiro. Segundo o comunicado, há “fortes indícios” de irregularidades na partida entre Sul América e Clipper, realizada na última sexta-feira, 13 de junho, pela quarta rodada da segunda divisão do Campeonato Amazonense. O jogo terminou com vitória do Sul América por 3 a 2, mas agora está sob investigação.
Embora a FAF não tenha especificado qual dos dois clubes estaria envolvido nas supostas manipulações, a entidade afirmou que tomará todas as medidas cabíveis. Entre elas, está uma notificação formal à Sportradar, empresa internacionalmente reconhecida e parceira da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no monitoramento de apostas esportivas. A intenção é solicitar uma análise técnica detalhada da partida.
Além disso, o caso será encaminhado ao , ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), à Polícia Federal e ao Ministério Público do Estado. Todos esses órgãos poderão atuar, dentro de suas competências, para investigar se houve crime ou infração disciplinar esportiva.
Em seu comunicado, assinado pelo presidente Ednailson Rozenha, a FAF reforçou seu compromisso com a integridade do futebol local. “A manipulação de resultados é crime previsto no ordenamento jurídico brasileiro, especialmente na Lei nº 13.756, de 2018, e na Lei nº 14.597, de 2023 (Lei Geral do Esporte)”, destacou a entidade, segundo o Globo Esporte. A federação também alertou que os envolvidos podem ser responsabilizados criminalmente e sofrer punições sérias dentro do ambiente esportivo.
Essa postura tem sido cada vez mais comum entre as federações estaduais e nacionais, diante do aumento de denúncias e investigações sobre manipulação no futebol, especialmente com o crescimento do mercado de apostas no Brasil. A utilização de empresas como a Sportradar, que monitora padrões de apostas no mundo todo, tem se tornado ferramenta essencial para identificar comportamentos suspeitos.
O Clipper, clube que perdeu o jogo sob suspeita, usou as redes sociais para se manifestar. Em nota publicada em seu perfil oficial no Instagram, o clube afirmou apoiar as investigações conduzidas pela FAF. Mas foi além: solicitou também a revisão de outros jogos em que esteve envolvido, como as partidas contra Fast e Operário, também válidas pela segunda divisão do estadual.
“O clube acredita na imparcialidade da FAF e também solicita que sejam investigados outros resultados de jogos com também fortes indícios de manipulação”.
O Sul América, por sua vez, preferiu o silêncio e ainda não se manifestou publicamente sobre o caso.
O episódio no Amazonas não é um caso isolado. Nos últimos anos, o futebol brasileiro tem enfrentado uma onda de investigações envolvendo manipulação de resultados com foco em apostas esportivas. Um dos maiores escândalos recentes foi a “Operação Penalidade Máxima”, conduzida pelo Ministério Público de Goiás, que investigou uma rede de apostadores e jogadores profissionais suspeitos de manipular partidas em diversas divisões do Campeonato Brasileiro.
A preocupação aumentou à medida que o mercado de apostas cresceu de forma acelerada no país. Desde a regulamentação das apostas esportivas de quota fixa, prevista na Lei nº 13.756/2018, o setor movimenta bilhões de reais anualmente, atraindo também criminosos interessados em fraudar jogos e lucrar com resultados combinados.
Por causa de todos os casos que foram descobertos, o Governo Federal e a CBF vêm reforçando parcerias com empresas de monitoramento e investindo em campanhas de educação para atletas e dirigentes, buscando conscientizar sobre os riscos e as punições envolvidas na manipulação.
Se forem confirmadas irregularidades no jogo entre Sul América e Clipper, os envolvidos — sejam atletas, dirigentes ou intermediários — podem enfrentar desde multas e suspensões até penas de prisão. A Lei Geral do Esporte, sancionada em 2023, endureceu a legislação em relação a fraudes no esporte. Além de prever penas criminais, a nova lei também estabelece sanções administrativas para clubes e entidades que falharem em coibir práticas ilícitas.