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A Caixa Econômica Federal quer entrar de vez no mercado de apostas esportivas no Brasil. A previsão é que a nova plataforma, que vem sendo chamada informalmente de “Caixa Bet”, seja lançada no segundo semestre de 2025. E a expectativa é alta: o banco acredita que pode arrecadar pelo menos R$ 2 bilhões só nesse início.
Quem confirmou essa previsão foi o presidente da Caixa, Carlos Vieira, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo. Segundo ele, a ideia é que a nova plataforma de apostas some forças com os jogos tradicionais da instituição, como Mega-Sena e Lotofácil, aumentando bastante a arrecadação total do banco já no próximo ano.
“Se a gente lançar neste segundo semestre, temos uma expectativa de, pelo menos, arrecadar uns R$ 2 bilhões. No próximo ano, algo em torno de R$ 7 bilhões”, disse Vieira. Ele acredita que, juntando as apostas esportivas com as loterias, a Caixa pode ultrapassar R$ 40 bilhões em arrecadação em 2026.
Apesar do entusiasmo, o lançamento da plataforma vem sendo adiado. Em março, o mesmo presidente disse ao jornal O Globo que a novidade chegaria ainda no primeiro semestre deste ano, o que não aconteceu.
No sistema do Ministério da Fazenda, onde ficam registradas todas as empresas que pediram autorização para operar apostas no Brasil, a Caixa aparece com uma solicitação feita em 20 de agosto de 2024. Mas, até agora, o nome da instituição ainda não foi incluído na lista das empresas autorizadas a funcionar. Ou seja: a Caixa ainda espera o “sinal verde” do governo para colocar o projeto no ar.
Essa autorização depende de uma série de exigências e regras criadas pela nova regulamentação do setor. O Ministério da Fazenda, junto com a Secretaria de Prêmios e Apostas, tem feito uma análise rigorosa dos pedidos. A ideia é garantir que todas as plataformas que operem no país sigam as normas e ofereçam segurança para os apostadores.
Outro ponto que o presidente da Caixa fez questão de destacar foi a preocupação com o chamado jogo responsável. Isso significa criar ferramentas para ajudar os apostadores a jogarem com consciência, sem exageros ou riscos de vício.
“Temos instrumentos de acompanhamento, de verificar o comportamento social das pessoas em torno disso. Tem jogos no mundo inteiro. Você tem que educar a sociedade no sentido de que ela faça o que a gente chama de jogo consciente”, explicou Vieira.
Esse tipo de cuidado já é comum em outros países onde o setor de apostas é bem estruturado. Na Europa, por exemplo, é comum ver plataformas que oferecem limite de gastos, alertas de tempo de uso e até pausas forçadas para quem joga demais. A tendência é que o Brasil siga pelo mesmo caminho.
A decisão de apostar no mercado digital vem também como resposta à queda nas receitas das loterias tradicionais. De acordo com dados divulgados em junho, as Loterias Caixa arrecadaram R$ 5,5 bilhões no primeiro trimestre de 2025. Apesar de parecer um valor alto, ele representa uma queda de mais de 10% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Isso mostra que os jogos tradicionais podem estar perdendo espaço para as apostas online, que crescem a cada ano e têm atraído um público mais jovem, acostumado com tecnologia e plataformas digitais. A Caixa, portanto, quer se atualizar e acompanhar essa mudança de comportamento.
A entrada da Caixa nesse mercado não será fácil. Hoje, o Brasil já tem dezenas de empresas que operam apostas esportivas, incluindo marcas bem conhecidas como Bet365, Betano e Pixbet. Além disso, o mercado brasileiro é um dos maiores do mundo em volume de apostas, o que torna a concorrência ainda maior.
Por outro lado, a Caixa tem uma vantagem importante: é uma marca muito conhecida, tradicional e respeitada no país, com presença em praticamente todas as cidades. Além disso, conta com mais de 13 mil casas lotéricas espalhadas pelo Brasil, o que pode facilitar o acesso de milhões de brasileiros ao novo serviço.
A Caixa já tem uma longa história no setor de jogos — é ela quem opera as loterias oficiais do governo desde 1966. Agora, o banco se prepara para dar um passo importante em direção ao futuro, entrando de vez no mundo das apostas digitais.
Se o projeto for aprovado e o lançamento realmente acontecer ainda neste ano, a Caixa deve aumentar sua arrecadação e ainda modernizar sua atuação e alcançar um novo público. E, como sempre, parte desse dinheiro continuará sendo destinado a áreas como saúde, educação e segurança, como já acontece com os recursos das loterias.