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O Departamento de Jogos do Arizona (ADG) emitiu novas ordens para que sete empresas parem imediatamente suas operações, por estarem oferecendo jogos e apostas sem autorização. Entre os nomes estão plataformas bastante conhecidas, como Stake.US e High 5.
Essas empresas estariam oferecendo apostas online para os moradores do Arizona sem seguir as leis locais. O ADG identificou que elas disponibilizam jogos de cassino em formato de caça-níqueis, apostas esportivas, corridas de cavalos, promoções no estilo “sweepstakes” (modelos em que o usuário ganha moedas virtuais para jogar) e até apostas entre usuários, como nas chamadas “betting exchanges”.
As sete novas empresas notificadas são: ReBet, Novig, Dallas Safari Club, Fanthem, Stake.US, BettorEdge e High 5.
Segundo o ADG, essas plataformas violam diversas leis do estado, como promoção ilegal de jogos, controle de operações fora da lei e até lavagem de dinheiro. Todos esses crimes são considerados graves no Arizona, com classificação de felony, que equivale a crime de maior gravidade nos EUA.
Jackie Johnson, diretora do ADG, foi direta em seu comunicado:
“Apostar de forma ilegal, seja qual for o formato ou a plataforma, não tem espaço em Arizona. Vamos continuar agindo contra qualquer atividade fora das regras. Esses operadores colocam os consumidores em risco e ainda prejudicam a economia do nosso estado.”
Ela ainda reforçou que o mercado legal de apostas é importante justamente por garantir segurança para os jogadores e gerar receitas para o estado. Segundo ela, os operadores que seguem as regras ajudam a manter o setor saudável, geram empregos e contribuem com impostos.
Essas novas ações seguem uma linha que começou em abril deste ano, quando o ADG também mandou parar as atividades de outras seis empresas. Entre elas, estavam as operadoras ARB Gaming (que usava o nome Modo.us), Epic Hunts, ProphetX, Generiz, My Bookie e BetUS.com.pa.
O foco tem sido plataformas que, mesmo sem licença, continuam tentando atrair apostadores do Arizona, usando modelos que tentam burlar a regulamentação. Muitas operam em estilo “sweepstakes”, onde o usuário não aposta diretamente com dinheiro real, mas com moedas virtuais — uma tática usada para tentar escapar das leis de jogos de azar.
Mas o ADG deixou claro que esse tipo de disfarce não vai impedir a fiscalização.
Enquanto o estado age contra as plataformas ilegais, o mercado de apostas legalizado no Arizona segue em crescimento. Só em março deste ano, o volume total apostado chegou a US$ 887,4 milhões — um aumento de 17% em relação ao mesmo mês do ano passado.
No primeiro trimestre, o total apostado chegou a US$ 2,45 bilhões. Desse total, a maior parte veio das apostas feitas pelo celular, com 14 operadoras autorizadas. Foram US$ 881,8 milhões em apostas móveis, um crescimento de 17% em relação a 2023. Já os quatro locais físicos que operam legalmente no estado movimentaram US$ 5,6 milhões — um aumento de apenas 5%.
Esses números mostram como o setor, quando bem regulado, pode trazer benefícios para o estado, como geração de empregos, investimentos em tecnologia e arrecadação de impostos.
Além de estarem fora da lei, essas plataformas não oferecem garantias básicas para os usuários. Não há proteção contra fraudes, vício em jogos ou perdas não autorizadas. Em casos de problemas, o jogador também fica sem respaldo legal.
Outro ponto importante é a lavagem de dinheiro. Segundo as autoridades, empresas ilegais muitas vezes usam as apostas como forma de movimentar dinheiro de origem suspeita. Por isso, o combate vai além da questão do jogo em si: trata-se também de segurança financeira e combate ao crime.
As ordens de “cease and desist” funcionam como um aviso legal: elas devem encerrar suas atividades imediatamente. Caso insistam em continuar operando, podem ser processadas criminalmente e até enfrentar investigações federais.
As autoridades do Arizona afirmam que continuarão monitorando o setor de perto, inclusive em parceria com outras agências estaduais e federais.